Nova elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGRIS 2025, desconsidera PGRIS 2014, em oficinas participativas na cidade de São Paulo

A prefeitura de São Paulo está elaborando o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de São Paulo de 2025, e para tal, entre 18 à 22 de agosto realizou com apoio do ONU-Habitat oficinas participativas em diferentes regiões da cidade, para que os moradores possam apontar problemas, propor soluções e compartilhar suas vivências em relação à gestão de resíduos nas subprefeituras.

O Instituto 5 Elementos – Educação para a Sustentabilidade (I5E) que integra a ARZB – Aliança Resíduos Zero Brasil, participou de duas oficinas, dia 20/8, 19h na ZO e no dia 22/8, 19h no Centro, no Sesc Consolação. A participação popular nestas oficinas foi irrisória, pois na ZO havia 9 pessoas e na ZC 30, lembrando que em 2014, quando foi elaborado o PGRIS na 4ª Conferência Municipal de Meio Ambiente, tivemos 1.300 participantes e 800 delegados, resultando num plano robusto com escuta plena da sociedade paulistana. Ou seja, a gestão atual da prefeitura não tem interesse em promover uma escuta ativa da população, devido a baixa participação da sociedade neste processo.

Em ambas as oficinas foi apresentado um diagnóstico superficial da situação da gestão dos resíduos sólidos, seguido de uma oficina para os participantes indicarem os problemas de cada região, sendo desconsiderado e nem citado o PGRIS de 2014, além do conhecimento sobre o tema da sociedade civil.

Segundo Mônica Borba, diretora do I5E, para elaborar um novo plano é necessário avaliar o anterior, verificando se as metas foram atingidas, e caso não tenham sido efetivadas é importante verificar as razões e buscar saná-las no próximo plano, aprimorando e atualizando-o, frente a realidade atual. Por exemplo: porque não foi implantado o Programa Feira Sustentável nas 883 (em 2016), que coleta os resíduos orgânicos para encaminhar as centrais de compostagem. Ou seja, observa-se que este processo de elaboração do PGRIS 2025, ignora a ampla participação social, demonstrando uma gestão não democrática da atual prefeitura, ligada à interesses econômicos e não socioambientais.

 

 

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